Tirense Ausente: Relembre a história, edições anteriores e as rainhas e reis da festa

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Bastante conhecida pelos tirenses e turistas, a Festa do Tirense Ausente ultrapassou o tempo e hoje é referência

Público presente, durante o Festival de Dança da 20ª Festa do Tirense Ausente, no domingo, dia 09 de setembro de 2018.

Com a 22° edição já se aproximando, esse ano a festa promete relembrar os inúmeros momentos vividos nas edições anteriores, afinal se existe um lugar onde as lembranças foram conservados, esse lugar se chama Tiros e com a pandemia e duas edições da festa realizadas por meio de live, o que não faltarão serão reencontros na nova Festa do Tirense Ausente.

Após conversas entre Maria José de Souza Bomtempo e Giselda Cássia de Oliveira, que o então prefeito Levi Bomtempo sugeriu uma comemoração, que servisse de encontros entre moradores e seus parentes, que a Festa do Tirense Ausente teve a sua primeira edição. Com quatro dias de duração e com o tema “Unidos pelo Amor”, a festa reuniu a comunidade, em prol da reconstrução da Igreja Matriz Santo Antônio de Tiros, que se encontrava com o telhado danificado, além de homenagear ex-prefeitos e pessoas que prestaram serviços à comunidade, sendo um sucesso a parte, tendo sua realização de 04 a 07 de setembro de 1998.

Mas na verdade, tudo começou em uma festa de carnaval, onde Giselda Cássia estava na casa de Maria José (Zezé) tomando vinho. Assim, Zezé falou para Giselda que morria de vontade de fazer um baile do tirense ausente, para que os tirenses retornassem à sua terra-natal. “A Zezé era muito nova, animada, e eu também era, ai ela falou para mim: Vamos dar o nome de festa, para não ficar só baile, e nós formos tendo aquele tanto de ideias. Nisso, ela foi embora, e lá pelas 22 horas da noite, eu fui para o carnaval, que era lá na Deb. Aí eu cheguei lá, ela tinha imprimido uns cartõezinhos na impressora da Tirolez (única que tinha em Tiros), escrito: Vem aí, Festa do Tirense Ausente, em setembro. Aí eu achei engraçado, porque ela tinha realmente levado a nossa conversa a sério. Começou uma coisa tão pequeninha, que foi muito aceita pela população tirense”, relatou Giselda, em entrevista para o livro “Leve Tiros no Coração”, em 2017.

Maria José, coordenou todas as edições da festa e continua a frente do projeto, onde com a ajuda de uma comissão, busca criar cada programação para cada tipo de situação e ano. “A 1ª Festa do Tirense Ausente foi criada pela necessidade de arrecadar fundos para a reconstrução da Igreja Matriz de Santo Antônio de Tiros. Proporcionar aos tirenses, presentes e ausentes a alegria de rever familiares e amigos, sob as bênçãos de Deus e Santo Antônio, continua sendo o intuito. A essência da festa é o amor, e este amor se espalha no ar quando a Praça Santo Antônio se enche de pessoas para celebrar a vida. A 6ª festa onde aconteceu a reinauguração da Paróquia Santo Antônio de Tiros, foi com certeza muito especial. Somos eternizados pelo que fazemos”, descreveu a mesma, em 2017.

Um ano depois, veio a segunda edição do evento, que trouxe ainda mais pessoas com o tema “Venha de onde vier”. Foi também o momento da criação da Medalha Zeca Bomtempo (ideia de Getúlio Gurgel, fotógrafo oficial do presidente Fernando Henrique Cardoso), em memória do primeiro prefeito de Tiros. Elza Lagares Bomtempo no seu livro de 2007, Bons Tempos Idos e Vividos: Uma História de Amor, conta um pouco da 3ª festa: “A 3ª Festa do Tirense Ausente teve, assim como nas anteriores, a participação e o apoio da administração pública. Inúmeros tirenses espalhados pelo Brasil e pelo mundo tomaram conhecimentos do evento e vieram reencontrar familiares e amigos. O tema dessa edição foi ‘Todos os caminhos me trazem de volta’” (pág.: 251).

Aproveitando a oportunidade, Elza, relembrou o real intuito da realização da festa e reforçou que a primeira Tirense Ausente, foi com certeza a melhor de todas: “A festa trás as pessoas, os tirenses ausentes que choravam de vontade de vir aqui, mas não tinham oportunidades, talvez nem parentes mais tinham. E essas homenagens, que a gente prestou e ainda presta as famílias, são importantes demais. Porque quando se homenageia uma pessoa, ela se engradece. Então a festa… Não tenho nem palavras… Ela não pode morrer, nos morremos, mas a festa não pode morrer, ela tem que continuar. Porque ela é vida… É vida eterna… A primeira foi a alavanca, onde tudo começou. Apesar de ter sido a mais pobre, foi a mais sensacional. Mas não é riqueza que eleva nada, nem ninguém”.

“Esta festa é tradição, um evento esperado por todos os presentes e ausentes, faz parte dos calendários da cidade e região. É uma festa feita de cultura, valores, talentos e memórias…”, disse Márcia Cristina Zacarias de Oliveira, membra da comissão organizadora desde sua primeira edição. A partir da 4ª festa com “Minha vida, nossa vida, preparam uma só história”, os temas foram: “Tiros cidade dos sonhos”, “Somos eternizados pelo que fazemos”, “Assim se escreve uma história”, “A arte de reviver o encontro”, “Terra de infinitas conquistas”, “Sentimentos vividos… jamais esquecidos” e “Um brinde ao som dos sinos de setembro”.

Logo após vieram: “Na primavera brilham os encontros”, “No coração de Tiros há lugar para você”, “Corações festivos esperam por você”, “Se pelo destino você partiu, pela saudade, você voltará”, “Da saudade, a beleza dos encontros”, “Vários caminhos um só destino”, “Aqui é seu lugar”, “A cada encontro, as lembranças se renovam”, “Existem lugares que marcam momentos e momentos que marcam vidas” e “Emoções vividas, lembranças compartilhadas”.

Algumas curiosidades marcaram suas realizações, como em 2009, onde foi preciso adiar a mesma para os dias 08 a 12 de outubro, devido à gripe suína (colapso que atingiu o mundo). Nesse ano de 2022, a comemoração estaria em sua 25ª edição, mas a mesma não foi realizada em 2011 por causa da falta de apoio para a sua realização e nem em 2020 e 2021, devido a pandemia da Covid-19. Nestes anos, especificamente, o público pôde acompanhar de casa, o evento por meio de live e ainda puderam contribuir para entidades beneficentes, onde a festa recebeu o título de “Live Solidário do Tirense Ausente”, com o tema “unidos pelo amor, conectados pelo coração”.

Com promoção e realização da Associação Cultural e Social Tirense – ACUSTI, Prefeitura Municipal e Câmara Municipal, a festa que tem o apoio de Laticínios Tirolez Ltda, Sicoob Creditiros, Paróquia Santo Antônio, Rotary Club, Casa da Amizade, Intercat Club e Polícia Militar e Civil também promove a integração dos órgãos governamentais, associações, clubes de serviços, escolas e conselhos em torno de um objetivo que vise o fomento do turismo.

Há também os concursos que elegem os representantes da beleza tirense. Na Tirense Ausente, por exemplo, as disputas começaram na 2ª Festa, e foi até a 3ª, nomeando apenas as jovens. A partir da 4ª até a 8ª, um rei e uma rainha eram escolhidos, onde a decisão da escolha ficou por voto popular até a 7ª edição. A partir da 9ª, as jovens voltaram a ser escolhidas para representar Tiros, desta vez por uma comissão julgadora, sem uma competição, que sempre acontecia entre três concorrentes. Abaixo, relembre as rainhas e reis em suas edições da festa:

Abaixo, conheça o logo da edição de 2022, da Festa do Tirense Ausente:

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